Tendência Decrescente e Sazonalidade na Cobertura da Vacina Tetraviral no Brasil: Estudo Ecológico Retrospectivo de Séries Temporais (2013–2022)
pdf

Palavras-chave

Vacina Tetraviral
Séries Temporais
Cobertura Vacinal
Saúde Pública
Programa Nacional de Imunizações

Como Citar

Tendência Decrescente e Sazonalidade na Cobertura da Vacina Tetraviral no Brasil: Estudo Ecológico Retrospectivo de Séries Temporais (2013–2022). (2025). Journal of Advanced Clinical Implementation and Applied Medical Innovations (ISSN 3085-8348), 2(02), 83-93. https://jaciami.ufrdj.com/index.php/SOBRE/article/view/17

Resumo

Este estudo objetivou descrever a tendência temporal e a sazonalidade da aplicação da vacina tetraviral no Brasil entre 2013 e 2022. Por meio de um estudo ecológico retrospectivo de séries temporais com dados mensais nacionais do DATASUS (n=120), analisou-se a dinâmica da vacinação com estatística descritiva, decomposição de série e regressão linear. Os resultados revelaram uma tendência decrescente e estatisticamente significativa de 1.226,5 doses a menos por mês (R²=0,346; p<0,001), com correlação negativa moderada-forte entre tempo e doses aplicadas (ρ=–0,593). Evidenciou-se forte sazonalidade, com picos no primeiro semestre, e a presença de anomalias nos registros, além da não-estacionariedade da série (p=0,490). Tais achados indicam um risco progressivo à imunidade coletiva e fragilidades no sistema de informação. Conclui-se que há uma necessidade urgente de reavaliar as estratégias de imunização, reforçar a vigilância da qualidade dos dados e promover campanhas contínuas para mitigar as quedas e garantir a sustentabilidade da proteção vacinal, assegurando a efetividade do Programa Nacional de Imunizações.

pdf

Referências

BRAZ, R. M.; DOMINGUES, C. M. A. S.; TEIXEIRA, A. M. S.; LUNA, E. J. Classificação de risco de transmissão de doenças imunopreveníveis a partir de indicadores de coberturas vacinais nos municípios brasileiros. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v. 25, n. 4, p. 745–754, 2016. DOI: 10.5123/S1679-49742016000400008.

MINISTÉRIO DA SAÚDE (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de normas e procedimentos para vacinação. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2014. 176 p.

MOURA, L. de L. et al. Tendência temporal da taxa de abandono e da cobertura da vacina tríplice viral no Brasil, 2014-2021. Epidemiol. Serv. Saúde [online], Rio de Janeiro, v. 32, e2023117, 2023. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ress/a/mS6xyfQbkzvK4TfRcsN5HCs/?lang=pt. Acesso em: 3 jul. 2025.

MUHOZA, P.; DANOVARO-HOLLIDAY, M. C.; DIALLO, M. S.; MURPHY, P.; SODHA, S. V.; REQUEJO, J. H. et al. Routine vaccination coverage – worldwide, 2020. MMWR Morb. Mortal Wkly. Rep., Atlanta, v. 70, n. 43, p. 1495–1500, 29 out. 2021. DOI: 10.15585/mmwr.mm7043a1.

SATO, A. P. S. Qual a importância da hesitação vacinal na queda das coberturas vacinais no Brasil? Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 52, p. 96, 2018. DOI: 10.11606/S1518-8787.2018052001199.

SOUSA, I. S. et al. Avaliação da cobertura vacinal no primeiro ano de vida no Brasil: uma série temporal. Contrib. Ciênc. Soc., São José dos Pinhais, v. 17, n. 9, e10370, set. 2024. DOI: 10.55905/revconv.17n.9-090.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2025 Journal of Advanced Clinical Implementation and Applied Medical Innovations (ISSN 3085-8348)

##plugins.themes.healthSciences.displayStats.downloads##

##plugins.themes.healthSciences.displayStats.noStats##